domingo, 27 de abril de 2008

A pressão do fim.!!!!!

A pressão como forma de pressão para atingir objectivos.

Hoje neste jogo, para nós e mais uma vez, o resultado pouco ou nada interessa. Queríamos pontuar ou vencer como sempre, mas sabíamos das dificuldades e do desgaste físico de alguns elementos que participaram no torneio de futsal do Projecto “Contigo Vais” no dia 25 de Abril. A participação requereu a realização de três jogos e muita aplicação. O resultado de 0-6 tem alguma justificação neste facto e é também consequência de vários factores, expulsões, qualidade do adversário, o futebol e um extra futebol.
É o extra futebol, jogado, deste jogo que vamos comentar e fazer uma analise, a nossa, das vantagens ou desvantagens da pressão que foi exercida, se é este o caminho correcto, confirmar quem esta preparado para aguentar a pressão e a “permissividade” com que ela é aplicada. Ao abordar a matéria temos a consciência, que se justificaria uma abordagem mais profunda e escalpelizada a uma realidade presente todos os dias no nosso campeonato.
Esta pressão existe, no nosso parecer, de forma já estruturada nas equipas mais “experientes” e com finalidade de ganhar. Está organizada e já enraizada, faz parte da cultura, mesmo nos momentos em que os objectivos estão já conseguidos e são um dado adquirido continuam a exerce-la sem qualquer tipo de pudor, razão ou outro fim, não conseguimos vislumbrar, que não seja porventura descarregar a ira.
Será uma vantagem? Sim, principalmente quando do lado oposto se encontra alguém presumivelmente menos preparado ou menos capaz, quiçá menos inteligente ou inexperto sendo que quem a aplica não tem culpa das fragilidades do adversário.
É legítima existência da pressão? Não, as vitorias são obtidas pela diferença entre os golos marcados e sofridos e nunca pela coacção, tensão sobre qualquer trio de Homens que no seu âmago estão a conferir o melhor de si e "inconscientemente" se vão abstraindo do que é justo e de bom senso, isto, sem que o aplicado esteja fora da lei mas é aplicado de forma desigual e apenas porque a coação no seu pior sentido está presente e o tal poder cognitivo, neste caso do trio, foi susceptível de ser alterado.
É este caminho que TODOS devemos seguir? Não, temos a noção e é tão visível, no desporto, no trabalho, na imprensa etc. que é já uma praga.
O que é preocupante são as dimensões e sua “permissividade”, a mistura, a intromissão, o diluir das fronteiras, a adulteração da real e lógica dimensão dos factos em nome da vitória desportiva e imediata que apenas alimenta o ego e faz de alguns, hoje, Rambos e amanhã Cinderelas mais pudicas que qualquer Virgem Maria que como é possível confirmar aconteceu em outros lugares e todas as semanas vamos confirmando através dos relatórios da AFPP. Algo deve e pode ser feito.
Os únicos culpados do que aconteceu neste jogo SOMOS NÓS, não estamos, alguns, preparados para a pressão e não a sabemos, ou não queremos aplicar. Só nos podemos queixar de nós próprios, foram feitos ouvidos moucos ao que foi pedido e dito, não fomos altruístas, não assumimos a nossa personalidade, frieza e afastamento do confronto que foi sendo fomentado. Não saímos dignificados, nem mais homens, acima de tudo, não fomos inteligentes, nada ganhamos, fomos atraídos pela picardia, imitamos, adoptamos o caminho da réplica com consequências nefastas. A cópia é sempre pior que o original, com o senão da fotocopiadora só ver uma parte, por ter uma lâmpada queimada pelo numero de impressões já realizadas.
Só é possível tomar tais atitudes se formos iguais e Associação Santa Marta com todo respeito, consideração, estima e prestigio que tem por todas as equipas que fazem parte do campeonato assim como o apreço por todos os Homens nele envolvido sente-se no direito de ser menos igual. Esta referência ao menos igual é apenas a alguns menos iguais. Corremos o risco de na diferença sermos muito piores, mas lutaremos sempre por uma identidade própria, com alguns princípios e valores que nunca se poderão medir pela força ou musculo, tentaremos a verdade, e a verdade dói, como a de hoje, mas só a aceitando nós podemos tornar melhores, mais fortes e "superiores". Temos ser coerentes sabendo que a moeda tem sempre duas faces e uma delas é a boa e outra a má. Quando por livre e espontânea vontade alguém escolhe a face errada só pode existir um caminho.
O caminho da Associação Santa Marta está traçado desde o início da sua participação e no sentido da coerência e para que fique registado de que nem todos os meios são forma de atingir os fins, independentemente da tolerância de todos, assumindo riscos, travamos hoje pelo exemplo o fim de quem assumiu o desvio.
O futebol tem deste imponderáveis e situações difíceis de controlar mas se fosse fácil já todos tínhamos desistido. Nós vamos até ao fim, deste campeonato pelo menos.
Quinta-feira há jogo, para os que podem.
" Não há nada que não aconteça a quem anda à procura de confusão"

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