terça-feira, 20 de novembro de 2007

Conhecer Melhor, Saber Mais

Paredes o Concelho da nossa Freguesia.

O concelho de Paredes é rico de uma história velha de séculos, é uma terra colonizada já á longo tempo, sendo densamente povoada antes da colonização romana, embora como Concelho tenha sido criado apenas em 6 de Novembro de 1836, como consequência da reorganização administrativa e do resultado do reordenamento que ocorreu na sequência da Constituição de 1820. 1844 Ascendeu à categoria de Vila. Finalmente, em 20 de Junho de 1991 Paredes é elevada à categoria de cidade.

Paredes é um Município fortemente industrial, muito vocacionado para o sector do mobiliário, e que faz disso mesmo seu slogan Paredes “Rota dos Móveis”, mas nem só, a agricultura tem lugar relevante e papel fundamental na economia do concelho, com especial destaque para os cereais e o vinho pelos índices de produção e qualidade que atingem.
O nosso Concelho tem ainda esta atmosfera rural, mas a freguesia que detém a predominância nesse aspecto é a nossa, Aguiar de Sousa, por ser essencialmente rural. A nossa deslumbrante paisagem natural para além das características impares do Rio Sousa que serpenteia por entre escarpas abruptas (Srª do Salto) são pontos apreciados desde sempre. Estas particularidades são atracção para os que sabem entender e amam a natureza.
Eram muito bom que se soubesse preservar esta encantadora qualidade, preservando também as raízes da formação do actual concelho, que nasceu com 23 freguesias, a partir do desmembramento do antigo Concelho e Julgado de Aguiar de Sousa. Por volta do século X, existiu nesta região um importante castelo em Aguiar de Sousa que tinha a responsabilidade de administrar uma vasta região com espaço político e administrativo independente
A origem de Paredes está intimamente ligada ao Julgado de Aguiar de Sousa, um dos mais poderosos julgados de Entre Douro e Minho que em 1770 como concelho, foi transferido, para o Julgado de Penafiel, e em 1821 é suprimido e as freguesias que lhe pertenciam, anexadas à freguesia de Paredes.
Relembra-se que o primeiro foral ligado a nossas terras concelhias foi dirigido “aos homens de Aguiar e Paroquianos da Igreja de S. Romão” e aparece já referido nas Inquirições mandadas realizar por D. Afonso III, em 1258, as mesmas que atestam que o povoamento do território, a que hoje corresponde, o concelho de Paredes é bastante remoto. Salientam as Inquirições que a mamoa de Brandião é a referência ou termo de demarcação na terra de Aguiar de Sousa.
A mamoa, tipo de vestígio pré-histórico, relacionado com os cultos funerários e ligado ao género de habitat dos povos nómadas que primitivamente chegaram a esta região. Contudo, estes vestígios que atestam a sua passagem por este local poucos chegaram até aos nossos dias, devido à acção destruidora do tempo, salvando-se a Mamoa de Brandião (Aguiar de Sousa).
D. João I concedeu foral a Aguiar de Sousa em 1411 e D. Manuel reiterou-o em 1513.
Alguns outros espólios existentes que certificam também a antiguidade do Concelho de Paredes, são o caso do castro do Muro, Mosteiro de Cete, capelas, igrejas, e pelourinhos que surgem aleatoriamente incrustados no território concelhio, enriquecendo ainda mais a já de si belíssima paisagem natural. Alguns destes monumentos perdem-se na noite dos tempos ou surgem envolvidos em lendas e mistérios que formam, por si só, um outro património. Destes monumentos se ressalva com especial relevância a magnífica Igreja do Mosteiro de Cête, monumento nacional. Diversos monumentos estão também classificados, casos da Capela da Senhora do Vale e dos pelourinhos de Paredes e de Louredo, da chamada “forca de Louredo” e ainda da Igreja de Bitarães.
Outros monumentos e testemunhos do nosso passado rico em tradições culturais, etnográficas, folclóricas e gastronómicas são as numerosas festas e romarias populares que são também testemunho da fé e devoção das nossas gentes. Referimos abaixo uma pequena parte das do nosso concelho deixando para publicação, com mais pormenor, no próximo numero o que nos toca essencialmente a nós, Aguiar de Sousa.

Monumentos
∗ A Casa do Foral, em Baltar, construída no século XVIII, a escadaria exterior com guardas curiosamente esculpidos, com a varanda coberta suportado por colunelos. Tratasse de um imóvel de interesse artístico e religioso.
∗ A Capela da Senhora da Piedade, da época medieval, é uma pequena capela com arcos ligeiramente quebrados. Possui ainda um friso a rematar a linha do telhado da capela mor.
Situa-se também em Baltar.
∗ A Casa da Torre (actual Casa dos Gaiatos) situa-se em Beire. Trata-se da mais antiga casa feudal do concelho, com torres ameadas. É imóvel com interesse artístico em perfeito estado de conservação.
∗ A Capela de S. Domingos é celebre pela memorável batalha em que os Cristãos venceram os Mouros obrigando-os a refugiar-se em Vandoma. Localiza-se em Besteiros, num alto de um monte, com um pequeno recinto de protecção. É por isso, imóvel com interesse histórico.
∗ A Igreja de Bitarães, imóvel de interesse público, possui uma grande beleza interior, o altar mor de talha dourada, o tecto preenchido por pinturas coloridas de cenas bíblicas e imagens de apóstolos e santos, bem como retábulos e grandes telas suspensas nas paredes laterais. Data do século XVIII, e encontra-se na freguesia de Bitarães.
∗ Também na freguesia de Bitarães, localiza-se a Capela da Senhora dos Chãos, datada do século XVIII, classificada como património artístico, devido à sua fachada de desenho curioso e ao estilo barroco presente em todos os seus elementos decorativos.
∗ Castelões de Cepeda, apresenta-nos algum património edificado de relevo, como o Pelourinho de Paredes, datado do século XVIII, a Casa da Granja, datada do século XIX e a Igreja Matriz, do século XX, tratando-se de uma afirmação tardia do estilo D. Maria.
∗ Também em Castelões de Cepeda, pode-se apreciar o Edifício da Biblioteca Museu, datado do século XIX. Trata-se de um antigo edifício escolar construído segundo orientação de Joaquim ferreira dos Santos (Conde de Ferreira)
∗ A Ponte Romana de Cepeda, em Castelões de Cepeda, dispõe de um calçada e ponte em perfeito estado de conservação. Com um só arco abobado, está bem patente a elevada técnica de construção dos romanos.
∗ O Mosteiro de Cête, monumento nacional, data do século XI, foi reformado no século XVI e restaurado no século XV.
∗Em Cête, situa-se a Capela da Senhora do Vale, imóvel de interesse público, datado do século XIV. Trata-se de uma grandiosa construção românico-ogival.
∗ Ponte Romana em Lordelo, que embora de pequenas dimensões, denota uma alta técnica de construção.
∗ Em Louredo, podemos encontrar uma Forca. Alvo de muitas conjunturas nada se sabe de concreto dos fins para que terá sido construída, pelo que continua a interessar os investigadores e a povoar o imaginário popular.
∗ Em Baltar, o lugar do Cruzeiro, proporciona uma bela vista panorâmica.

Festas, Feiras e Romarias
FREGUESIA DIA
FEVEREIRO
St.ª Águeda Recarei 1º Domingo

ABRIL
Sr.ª da Esperança Gondalães 2º Domingo
N. Sr.ª do Alívio Lordelo 3º Domingo

MAIO
St.ª Catarina (Bustelo) Recarei 3º Domingo
Festa do Bom Sucesso Vandoma 3º Domingo
Espirito Santo Duas Igrejas último

JUNHO
S. Sebastião Gandra
Sr.ª dos Remédios Parada de Todeia 2º Domingo
S. Roque; S. Saturnino, St.ª Tecla Lordelo 1º Domingo
S. Pedro Sobreira 30

JULHO
Sr.ª Madalena Madelena
St.ª luzia Rebordosa 1º Domingo
St.ª Marinha Astromil 2º Domingo
Festa da Cidade/ Concelho em
Honra do Divino Salvador
Paredes 3º Domingo

AGOSTO
S. Cristovão Louredo
S. Sebastião Sobrosa
S. Domingos Besteiros 1º Domingo
S. José Castelões de Cepeda 1º Domingo
N. Sr.ª da Conceição Gandra 15
Sr.ª das Necessidades Baltar 3º Domingo

SETEMBRO
S. Miguel Baltar
Sr.ª da Hora Vilela
S. Miguel Cristelo
Sr.ª da Batalha Vila Cova da Carros 1º Domingo
Sr.ª do Vale Cete 2º Domingo
S. Luís Beire 3º Domingo
Sr.ª dos Chãos Bitarães 8

OUTUBRO
Sr.ª do Rosário Mouriz

FEIRAS:
FREGUESIA DIA
Lordelo 7 e 22 de cada mês
Paredes 1/ 12/ 18/ 24 de cada mês
Cete 7 e 27 de cada mês
Recarei de 15 em 15 dias às sextas - feiras


Fontes:
CMP
AMVS
ANAFRE
JFAG