quinta-feira, 10 de agosto de 2006

ENTREVISTA COM "JULIO SILVINO" SOCIO E UM DOS FUNDADORES DA A.C.R.D.STª MARTA

Simpatia e boa disposição foram os condimentos usados, durante a entrevista, por Júlio Silvino, um dos sócios fundadores da Associação.
O entrevistado do mês e o Notícias da Marta viajaram na máquina do tempo e puseram-se a caminho do “Quase Vinte Anos Atrás”

Esta não é a sua terra natal. Como veio aqui parar?
Eu sou de Recarei e vim para esta terra porque comecei a namorar e casei e por aqui fiquei.

A adaptação a esta terra foi fácil?
Foi muito fácil. Há gente boa, muito boa, pessoas más não há na nossa terra, pelo menos que eu conheça.

Esse tempo deixa-lhe saudades? Porquê?
Não sou uma pessoa muito saudosista. Não tenho saudades do passado. Eu vivo um dia de cada vez. As saudades sentem-se de quem morre. Não sinto saudades de nada. O importante de todos os dias é acordar. Há sempre uma coisa nova que eu faço. Não tenho realmente saudades do passado.

Qual a principal ideia e objectivos da formação da Associação?
A ideia da formação da sede surgiu quando eu pertencia à Comissão de Festas, assim como o sr. Luís Cunha e depois foi votada, no ano seguinte, como juiz o sr Jerónimo Martins. Este senhor surpreendeu-nos a todos e deu continuidade a esse sonho já idealizado.
Retirar os nossos jovens da “má vida” foi um dos objectivos da criação da Associação. E conseguimos, fizemos uma boa equipa de futebol, participámos num torneio em Lagares.
A Associação foi também feita para a angariação de fundos para a festa, mas não exclusivamente como algumas pessoas pensavam.

Que participação teve na Direcção fundadora?
Eu dediquei-me bastante quando fiz parte da fundação da sede, trabalhei muito, eu e os outros. Foram muitas horas.
O falecido sr Jerónimo Martins era uma pessoa muito interessada e dedicada. Havia muitas pessoas o achavam duro, mas a verdade é que se tratava de uma pessoa muito flexível. Ele foi uma pessoa fundamental.

Como cresceu a Associação?
Acho que a sede começou de uma forma pobre e hoje, felizmente, já se vê qualquer coisa no ar, fruto do trabalho de muita gente e da dedicação de alguns que já cá estão há muitos anos.

Como idealiza uma Associação de sucesso?
Uma associação de sucesso tem por base a organização e a busca do convívio. Uma associação serve para as pessoas procurarem o convívio retirando o espírito político e remarem todas para o mesmo lado. Uma associação serve para nos associarmos. O fundamental é ouvirmos a opinião de todos e chegar a um consenso.

Como sabe, os elementos que constituem esta associação são homens. Considera que a presença de um elemento do sexo feminino seria uma mais-valia para a concretização de projectos?
Sim, era bom que fizessem parte da associação um, dois ou três elementos do sexo feminino. As mulheres têm realmente valor porque elas pensam de forma diferente e que unido a algo que os homens possam pensar, pode-se fazer algo bonito.
A presença das mulheres é fundamental em todas as associações, organizações políticas, seja o que for, até porque os homens, na presença das mulheres, respeitam muito mais e há também mais alegria.

Frequenta a sede? Com que regularidade?
Não frequento muito a sede porque a minha vida profissional não me permite e depois porque eu sou uma pessoa que tem os condimentos em casa para poder frequentar mais o meu lar do que propriamente a sede. Não quer dizer que tenho algo contra àqueles que o fazem. O meu trabalho obriga-me a chegar a casa e ter de preparar o dia seguinte. Tenho objectivos muito altos a cumprir na minha empresa. No fim-de-semana, posso ajudar em tudo o que puder, podem contar comigo.

Está a par dos eventos promovidos pela Associação? Participa nos mesmos?
Estou a par desde esta altura, em que o sr. Rui Teixeira é presidente. Ele vai-me informando dos eventos e faz questão que eu seja visto como sócio fundador.

Sei que participou na maratona. É uma actividade a repetir?
As vezes que forem necessárias. Não interessa o lugar em que se fica, o que é importante é a participação. Valeu a pena, vale sempre a pena.
Deixe aqui um conselho para a Associação.
O conselho que deixo para a direcção da Associação é que deixasse ficar no ar uma ideia de que isto não é só de alguém, é de toda a gente. E que não olhassem a políticas ou a “famílias de quem”.

Atribua um adjectivo para caracterizar a equipa inicial e um outro para a actual.

Equipa inicial – empenhada; equipa actual – honesta

Palavras-chave segundo Júlio Silvino
F de Força
E de Esperança
T de Trabalho
A de Alegria
S de Sacrifício


Por Marlene Teixeira

sábado, 5 de agosto de 2006

Encerramento da Escola EB1 de Alvre

No decurso de um cenário que se afigura como adquirido: encerramento da Escola EB1 de Alvre, entendo ser relevante deixar aqui expressos alguns argumentos que têm consubstanciado a posição da Associação de Pais daquela escola (da qual eu faço parte). Sublinhe-se, porém, que a oposição não se regista contra os futuros Centros Escolares, mas sim contra este quadro de carácter transitório.
Deste modo, importa apresentar aqui todos os argumentos que sustentam esta nossa posição.
Começando pelo critério demográfico, sublinhe-se que no próximo ano lectivo esta escola albergará 9 alunos, sendo que nos anos subsequentes a tendência aponta para um aumento crescente, ano após ano – tendo presente a observância do nº de alunos que irão sair nos próximos anos e os que vão entrar.
Seguidamente, merecem referência o edificado escolar e o espaço envolvente, cujas características não encontram equiparação nas escolas periféricas apontadas como potenciais acolhedoras destes alunos. Constata-se, assim, que os nossos filhos vão viver uma regressão no que concerne ao seu conforto na sala de aulas, bem como nos seus momentos de recreio.
Outro facto importante reside num aspecto envolto por alguma paradoxalidade. Isto é, por um lado os pais defendem o novo horário escolar proposto mas, em contraponto, têm todo o interesse, e manifestam toda a sua disponibilidade, para que as suas crianças venham almoçar às suas casas. Esta constitui, seguramente, uma atitude de elevado assincronismo, nada consentânea com o quadro contemporâneo vigente na nossa sociedade. Atente-se, que se alguns estudos apontam para a importância de um maior apoio dos professores para a consecução do sucesso escolar, os mesmos estudos, ou outros congéneres, relevam a necessidade de um acompanhamento familiar.
Enfatize-se, ainda, outras variáveis cuja análise conferem à nossa posição um carácter mais holístico. Com efeito, numa visão da tão badalada carência de um correcto ordenamento do território e consequente protecção ambiental, parece-nos que esta medida vai aumentar as assimetrias existentes na nossa região. Ou seja, ao perseguir-se um desenvolvimento homogéneo do território – fixando o máximo de população nas suas localidades, por forma a evitar os problemas económicos, sociais e ambientais daí inerentes – não se pode, no nosso ponto de vista, imprimir estas intervenções nada harmoniosas.
Por fim, parece-nos pertinente glosar a questão – talvez central – na qual as entidades competentes empreendem toda a sua energia para a defesa do encerramento das escolas que comportam estas características: a separação dos diversos níveis escolares, por forma à obtenção de um melhor aproveitamento do ensino. Convém salientar que, numa hipotética conjectura de transferência para outra escola, as nossas crianças vão estar numa turma que engloba dois anos lectivos. Permanecendo na escola EB1 de Alvre, vão estar numa turma compreendendo quatro anos lectivos, é certo, mas de dimensões mais reduzidas, permitindo, certamente, um melhor acompanhamento individual dos discentes.
Evidentemente, interiorizamos que têm que ser desenvolvidas acções no sentido de combater o insucesso escolar, e que estudos científicos apontam a separação dos níveis escolares como premente para objectar a esse mesmo insucesso; no entanto, relembramos, também, a enfática defesa que outros especialistas fazem da importância que o ambiente familiar e escolar tem no alcance do sucesso ao nível do ensino. No decurso de tais afirmações, estamos plenamente agradados com toda a envolvente onde as nossas crianças estão inseridas, não se vislumbrando qualquer onda de insucesso escolar nem de crianças em risco (este quadro pode, e deve, ser confirmado pela presente docente desta escola), contrariamente ao que poderá ser observado noutras escolas.
Face a tudo isto, e porque mais do que ninguém valorizamos a formação dos nossos filhos, fazemos aqui de forma plenamente convicta, e sem qualquer ponta de niilismo, a apologia do não encerramento da “nossa escola” enquanto não se vislumbrar a construção dos ditos Centros Escolares, cuja sua implantação retira-nos qualquer legitimidade reivindicativa, face às condições que os mesmos podem oferecer para um correcto desenvolvimento das crianças.
A Associação de Pais da referenciada escola, assim como a população de Alvre em geral, só pretende alertar para o grau de importância de que se revestem estas tomadas de decisão, intercedendo para que todos os “prós e contras” sejam colocados nos dois pratos da balança, por forma a que o prato com maior peso na melhor formação dos alunos seja objecto de uma maior inclinação.



O Presidente da Assembleia Geral da ACRD Sta. Marta-Alvre,

José António Moreira

terça-feira, 1 de agosto de 2006

I PROVA ATLETISMO DA A.C.R.D. Stª MARTA
Classificações

Pela primeira vez na história da Associação, foi realizada uma prova de atletismo no passado dia 29-07-2006. Participaram cerca de 40 elementos, sendo de salientar que 17 pertencíam ao sexo feminino. Motivo de muito orgulho para a Associação; um bem-haja para ELAS.
Após atarefado trabalho de divulgação, preparação e procura de apoios, o dia “D” chegou.
A incerteza da aderência à prova, inexperiência organizativa, receptividade do público em geral, agravou o nosso nervoso miudinho que se começou a dissipar com a partida das crianças até aos 10 anos. Aqui percebemos o quanto devemos ser ecléticos e fomentar o desporto, pois, por elas, tínhamos o dia ganho.
Tudo o que veio a seguir foi por acréscimo, mas, como em tudo, até na vida, existe uma ordem e este nosso “convívio” não fugiu à regra e, desta forma, os mais capazes foram mais agraciados.
Assim, os atletas que terminaram a prova receberam,para além da camisola, um chapéu e um porta-chaves. OFERTA DA BLINK.
Os três primeiros de cada escalão receberam a respectiva Medalha e um CD da Junta de Freguesia de Aguiar de Sousa. OFERTA DA JUNTA DE FREGUESIA
Todos os participantes Femininos receberam um lenço. OFERTA DA JUNTA DE FREGUESIA
As crianças receberam ainda uma bola de praia. OFERTA DA BLINK
Os participantes obtiveram a seguinte classificação:

Escalão até 10 anos
FEMININO
1 - SUSANA RAFAELA
2 - CARINA ISABEL SOUSA
3 - INÊS CAMPEÃO
4 - ANA CATARINA
5 - CATARINA MANUELA
MASCULINO
1 - MIGUEL ÂNGELO
2 - PEDRO MANUEL SOUSA
3 - GONÇALO CAMPEÃO
4 - JOÃO PAULO

Escalão dos 11 aos 15 anos
FEMININO

1 - BEBIANA VIEIRA ALVES
2 - CARINA ROSA
3 - CAROLINA CAMPEÃO
MASCULINO
1 - VITOR MANUEL
2 - CELSO FILIPE
3 - CRISTIANO RAFAEL

Escalão dos 16 aos 35 anos
FEMININO
1 - MARTA DUARTE
2 - MARTINHA MOREIRA
3 - OLINDA OLIVEIRA
4 - ROSA DIAS
MASCULINO
1 - AUGUSTO CUNHA
2 - ANDRÉ VIEIRA
3 - JOSÉ ANTÓNIO
4 - RICARDO CUNHA
5 - ELÍSIO COELHO
6 - RUI CUNHA
7 - DAVID ALVES

Escalão dos 36 aos 100 anos
FEMININO
1 - MANUELA MOREIRA
2 - ANA MARIA
3 - ROSA BRANCA
4 - PERPÉTUA CARDOSO
5 - HERMÍNIA PAULA
MASCULINO
1 - RUI TEIXEIRA
2 - ALFREDO BARBOSA
3 - FERNANDO COELHO
4 - JÚLIO SILVINO